segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Caso do acaso, bem marcado...

Me deparei com o acaso. Quando começamos a tentar entender nas entrelinhas, percebemos que realmente "há mais entre o céu e a terra do que pode supor a nossa vã filosofia". Machado de Assis que me perdoe se acaso citei Sheakespeare erroneamente, mas o acaso não me permite procurar a frase certa, o acaso gosta da dúvida.
O acaso gosta também de brincar com as borboletas que existem em nosso estômago, aquelas que vivem lá para nos avisar quando há muita felicidade/ansiedade e alguma coisa está armando a assanhação de acontecer. São como despertadores do acaso.
Esses casos do acaso me fizeram pensar em distância. Não estou realmente longe, falo todos os dias, conto todas as novidades via celular, internet e pensamento, mas ainda não consigo sentir o cheiro de quando eles estão realmente perto. Deixo aqui, então, meu pedido aos gênios do século XXI: inventem algum meio de comunicação que possa transmitir cheiros, o gosto do beijo e o calor do abraço.
Enquanto isso não acontece, me contento com o acaso, que insiste em avisar: o que é pra ser, vai ser.

domingo, 30 de outubro de 2011

Treinando para construir um chapéu

Descobri que a ideia de ler revista duas vezes por semana no metrô cansa muito.
Sugestão: Pegar a revista (cheia de seja lá o que for) e tentar, ao lado de uma alguém de 4 anos, montar um 'chapéu' para o soldado cabeça de papel.
Resultado: Nem forma de chapéu, nem de barco, MAS, papel na cabeça e música: cantiga infantil. Risadas e dancinha.

IRONIA: ficamos com as informações na cabeça (:

Dançando na rua

Cena de uma quinta-feira:

Tainá - tchau professora!
Prô - tchau! bom final de semana (:
Mãe da Tainá - olha só, ela vai andando super rápido na minha frente, vai chegar primeiro!
Prô - Tainá, vamos dançando!
E fomos, os bêbados daquele bar nesse dia que o digam: Em cena, cada uma de um lado da rua.

Taina: atravessou a calçada fazendo grand jetés
E a Prô: dançando uma valsa.

COMPLEMENTO: nada. Experimente por um dia andar dançando ou o contrário.

Detalhe

Cena 01: Metrô lotado, cada pessoa no seu quadrado, rostos cansados, concentrados no livro, no jornal e... eis que um ser, com fone de ouvido fazia movimentos com a mão como se estivesse tocando guitarra na música que estava ouvindo (que eu sequer imagino qual seja). De olhos fechados, ele 'tocou' a música toda e eu curti isso.
COMPLEMENTO: nada. Um show de silêncio para olhos curiosos.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Essa 'gente' surda viu

Era tecnológica (:

Cena do fim de noite - Chuva forte e com vento. Eis que eu, de guarda-chuva - protegendo os livros e a bolsa - vi um cara de terno e gravata andando do meu lado tomando A CHUVA: "Moço, quer metade do guarda-chuva?" Silêncio...

Por acaso, ele entrou no mesmo prédio que eu e ai pude ver que ele estava com fone :D

Complemento: Nada. Ironias da era tecnológica.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Corrimão é um negócio muito sugestivo (:

Cena 01: Dois meninos, um carrinho vermelho, uma escada com corrimão = logo: eles subiam as escadas e colocavam o carrinho pra descer de corrimão e cair no chão. (Vi a cena umas setenta vezes, até que o trem chegou)

Complemento: nada, mas que foi gostoso ouvir setenta risadas verdadeiras duplicadas foi (:

A gente é tão pequeno...

"Sou pequenininha do tamanho de um botão, carrego papai no bolso e a mamãe no coração"

É bom relembrar versinhos de infância, ainda mais se tratando dessa nossa pequenez. Desmond Morris afirmou (mais ou menos assim)que o homem tem de lembrar que não é um anjo que caiu do céu, mas um primata que evoluiu gradativa e lentamente.

Cenário: Chuva forte e com vento.
Local: Longe longe longe, num lugar movimentado.
Cena: Uma dança de água, cortinas, janelas, papelões, fios e guarda-chuvas (devido a força do vento).
Complemento: Nada. Foi bonito, deu medo, deu risada, deu aflição, deixou o rosto sujo de terra e despertou o diálogo: 'quer dividir o guarda-chuva?'

A gente é tão pequeno, gigante no coração.
(Trazendo a tona uma frase do Teatro Mágico, que se presenciasse a cena sairia de maquiagem borrada)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Três cenas que você não vê na TV

Cena 01 na gde São Paulo: uma fileira de uns 30 mendigos encostados na calçada, um deles lendo um livro.
COMPLEMENTO: nada, um colorido a mais no cinza da metrópole.

Cena 02 na gde SP: uma fileira de uns 30 mendigos encostados na calçada, um deles, ajudando uma mocinha maquiada e engomada a estacionar o carro em uma vaga pequena. "Isso pode vir mais um pouco, ai tá certo, já deu."
COMPLEMENTO: nada, um colorido a mais no cinza da metrópole.

Cena 03 na gde SP: chuva no fim de semana, chuva que não parou um só momento (os vidros da minha sala chegaram a embassar 'é assim que escreve? Me deu um branco'), de repente, ouvi uma cantoria. Lá fora, no meio da chuva os mendigos cantavam "talvez fosse a canção da chuva?" Não sei, a burguesinha aqui com medo de se molhar sequer olhou da janela.
COMPLEMENTO: nada, um arco-íris formado de luz e chuva - ooutra luz que não a do Sol.

sábado, 22 de outubro de 2011

E o branco hein?

Tinha pensado numa frase de efeito para a reinauguração do Blog, mas esqueci (: E o branco hein?
"Nestes tempos sem tempo, onde a resposta está sempre a um clique, convém preservar o lapso, o engano, essas espécies em extinção. Nem que seja para facilitar a vida dos psicanalistas e de quem acha que nada é por acaso." H Gessinger

Bom, não é a primeira e nem vai ser a última ideia para o Pra Entender, apenar uma coisa é certa: nunca deixaremos de tentar entender (:

Mais ou menos assim: Hoje (apenas hoje) não ligue a televisão. Ignore-a por completo.

Curta seus filhos/pai/mãe/irmão/namorado/marido o dia inteiro, cozinhe, brinque, faça cócegas, pergunte alguma coisa, descubra alguma novidade, crie uma dança, ensine algo das antigas, escutem o som que vem de fora, role e deite no chão, dê uma volta com o cachorro, faça uma ligação, cante, limpe a casa. Mas não ligue a TV.