sexta-feira, 15 de abril de 2011

Não vou passar batido

Da janela da sacada eu vejo as seis e meia da manhã um sol da liberdade recém nascido. Na maioria das vezes ele brilha lindamente obrigando o povo heróico e retumbante baixar o párasol dos carros para atravessar a Alcântara Machado em busca de cumprir mais um dia de trabalho.
Há muito o que fazer, mesmo que nada faça sentido neste louco transitar de astros e móveis. Sinal de igualdade. Durante a espera cada motorista a seu modo relembra o beijo de bom dia, as contas a pagar, a programação do feriado, a saudade de quem se foi.. E a música - quando tem - alimenta a energia, abre sorrisos e faz o tempo passar mais rápido. O sinal então abre, os carros dão a partida e seguem: o futuro espelha sua beleza..
'Bom dia São Paulo'

Sigo em direção a cozinha e passo meu café ainda sonolenta. Metade da semana, dia do beijo, dia da bandeira, dia de anatomia, dia de dança contemporânea.. 'Puuts, dia do beijo e nem um beijo da minha mãe eu vou ganhar..'rs

Há muito o que fazer, então, como boa filha desta mãe gentil atravesso a rua e sigo em frente.

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