quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Chame de exagero, diga que é bobagem...

"Boca de extinguir espécies, mãos de acelerar partículas, antenas para radioatividade, olhos de ler códigos de barras."
Fatal, ofegante, vínculo, minuncioso.
O beijo mata vontade, o delírio das carícias, longe longe longe... aqui do lado, (muito) além do que se vê.
Perder o controle, não conseguir mudar de canal, num dia frio, num céu azul, numa lua qualquer e o pensamento lá em você. Desligar a tv, então, sintonizar muito além do que se vê.
Tudo seria mais fácil se, a escala do mapa fosse realidade ou os sonhos de infância se encontrassem, se o mundo buscasse outros sóis, se destino se chamasse fantoche e sorte, eternidade. Tudo seria mais fácil e, no entanto, não teria graça (prefiro acreditar que não).
Todo mundo é muita gente e, todo mundo envolvido tem a força proveniente do contentamento descontente, da dor que desatina sem doer, do não contentar-se de contente.
E se sobrar espaço no abraço, e se faltar interesse em avisar/rir/compartilhar, a tatuagem terá de ser apagada e o que restar dela, apenas recordação, boa e ruim, assim assim. E o mundo ainda gira de duas maneiras permitindo que se aprecie o nascer e pôr do sol que delimitam o dia e disponibilizam a oportunidade de recomeçar.

" O amor é o ridículo da vida, a gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi." Cazuza.

Ainda assim prefiro ouvir a canção e lembrar dela infinitamente, enquanto dure em meu pensamento.

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